UNIVERSAL, GLOBO, RECORD E O DUELO DA EXPLORAÇÃO.

Qualquer pessoa que tenha dois neurônios sabe que a Igreja Universal comprou a Rede Record com o dinheiro dos fiéis. Isso é claro, patente, óbvio, ululante e até os fiéis sabem disso.


Da mesma forma, qualquer pessoa minimamente dotada de inteligência sabe que é impossível sair de um cargo de faxineiro na LOTERJ para se tornar um magnata das telecomunicações e dono de um império empresarial mundial, em tão pouco tempo, sem que algo muito errado tenha acontecido pelo caminho.
A grande certeza em toda essa celeuma que gira em torno da luta entre Globo e Record é uma só: É um equívoco enorme e uma falha imperdoável permitir que uma agremiação religiosa domine ou seja proprietária de meios de comunicação de massa e, ainda por cima, tenha seus integrantes infiltrados na política do país.


Antes que os fiéis da Universal me apedrejem e me chamem de discípulo de Satanás; afirmo que essa proibição deve ser imposta PARA QUALQUER DENOMINAÇÃO RELIGIOSA E PARA QUALQUER ELEMENTO QUE DELA PARTICIPE COMO MEMBRO: quer seja do corpo administrativo, do corpo clerical ou seja ligado a ela por qualquer outra forma que não a de mero seguidor.


E os motivos desse raciocínio são muito simples: como as igrejas operam no campo espiritual e psicológico do indivíduo, explorando suas fraquezas emocionais, seus medos e suas esperanças para criarem um ambiente propício para si mesmas; o poder de influência desse pessoal sobre “o seu rebanho” é enorme. Assim, basta que o pastor, o padre, o pai-de-santo (ou seja lá como você chame o seu sacerdote) diga: “faça isso meu irmão que Jesus te ordena” (um exemplo); e a maioria dos fiéis acatará a orientação do sacerdote.


Vemos isso na enorme profusão de “evangélicos de ocasião” que se manifesta nos inúmeros panfletos espalhados por qualquer grande cidade. Anunciando uma enormidade de produtos e serviços eles tentam captar clientes trazendo, bem no cantinho e quase escondido a indefectível frase: “Até aqui nos ajudou o senhor” (ou coisa análoga), que visa unicamente atrair os evangélicos. Tudo porque, durante alguns anos, muitos pastores dessas igrejas pregavam o slogan: “Irmão só compra de irmão”. Aqui no RJ (pode acreditar) já li esse slogan até em panfleto de sex shop.


Pois é justamente por esse poder de persuasão que, em países mais civilizados e mais laicos, essa dominância é vedada às entidades religiosas. Uma vez usado para objetivos nada nobres, esse poder de influência pode ser tremendamente pernicioso para a democracia e para a nação. A infiltração de elementos que, ao invés de defenderem os interesses do país e do povo, exercem seus mandatos apenas para defender os interesses de sua igreja (seja ela qual for) pode simplesmente levar a uma escalada de sectarismo e de radicalização violenta das relações entre as diferentes religiões que se achariam aviltadas em suas demandas. Isso pode transformar o país numa teocracia disfarçada e representaria um enorme atraso em nosso já combalido desenvolvimento cultural e social.


Nesse embate entre a Globo e a Record/Universal percebemos como estamos perto de perder o controle dessa situação. Edir Macedo busca aproximação constante com Lula e coloca todo o seu aparato a disposição e em favor do PT e de seus aliados. Como nem o “Bispo” e nem Lula dão “ponto sem nó”; dessa aliança certamente não sairá nada que preste para a nação e muito menos para o povo mais humilde.

Como o próprio presidente gosta de dizer: “Nunca antes, na história desse país…” se viu tal festival de conluios, maracutaias e barbaridades administrativas, legais e políticas. Praticadas em nome de uma tal de governabilidade que ninguém sabe por onde anda; uma vez que o congresso e o senado, em especial, estão em compasso de espera com votações de suma importância para a nação relegadas ao segundo plano, servindo como pano de fundo para as intrigas e as lutas entre os corruptos e oportunistas de plantão.


Pelo lado da Globo, a coisa é igualmente perversa. Apesar de se arvorar como dona suprema da verdade, defensora da democracia e da liberdade de expressão; a Globo foi uma das grandes beneficiadas pelo regime militar e apoiou diversos presidentes ligados a ele com grande entusiasmo.

Todos sabemos também que a Rede Globo jamais se tornaria esse império se não fossem as suspeitíssimas operações realizadas durante a ditadura e nos governos “democráticos” que se seguiram. Mais recentemente, a Globo foi salva da falência graças a um empréstimo altamente prejudicial ao BNDES que foi imposto ao banco por FHC. Até hoje giram rumores estranhos sobre a concessão desse empréstimo. Mas, como não posso prová-los, também não posso mencioná-los (certamente você já ouviu algo a respeito).


Resta-nos apenas esperar que, desta vez, o processo tenha sido instruído corretamente e as provas dos crimes que imputam a Macedo e a sua Igreja sejam realmente provados. Por experiência própria sabemos que dificilmente alguém irá para a cadeia e que, no final, muita coisa pode acontecer (inclusive nada). Em países que levam a coisa a sério, muitos que hoje dominam a Record e a Globo provavelmente já estariam atrás das grades ou pagando multas polpudas por seus crimes financeiros.


Qualquer monopólio é pernicioso. O monopólio ou o controle de redes gigantes de telecomunicações é pior ainda porque pode alterar a verdade e torcer uma situação a seu bel prazer; corrompendo profissionais e distorcendo a realidade para que esta lhe favoreça ou prejudique seus detratores. Um exemplo claro do que digo é o vídeo abaixo que mostra o mesmo profissional, em épocas diferentes, falando sobre o mesmo assunto. No entanto, os patrões e os pontos de vista são completamente opostos. Mais uma mostra para os defensores do diploma de jornalismo que ética não vem junto com o canudo, como muitos chegaram a afirmar.

VEJA O VIDEO ABAIXO:

http://www.youtube.com/watch?v=K9ZaBoDvivo&feature=player_embedded

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